Criado como forma de sensibilizar todas as pessoas para a preservação das árvores, o Dia Mundial da Floresta celebra-se esta quarta-feira. Consulte a Infografia Interativa e conheça algumas das espécies emblemáticas que fazem parte do ecossistema português.
Passam 140 anos desde a primeira vez que o Dia da Árvore foi celebrado. O responsável por este feito foi o norte-americano Julius Sterling Morton que, em 1872, lutava contra a desflorestação no estado do Nebraska.
Ao longo dos anos a pegada ambiental humana vai deixando rastos no nosso planeta e, à medida que cada vez mais árvores desaparecem, as emissões de dióxido de carbono aumentam. Isto levou a que a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) tenha criado, a 21 de março, o Dia Mundial da Floresta em 1972, celebrando o aspeto ambiental e ecológico das árvores, organismos demasiado importantes para uma melhor qualidade de vida no nosso dia-a-dia, mas várias vezes esquecidos.
No nosso país, são mais de 350 árvores e arbustos que se distribuem pelo ecossistema português, ocupando cerca de 27% do território. Desempenham importantes serviços ecossistémicos, como a produção de alimento, cortiça, sequestro de carbono, proteção do solo, regulação do ciclo da água, recreio e lazer.
Plantar árvores é um ato simples, mas com repercussão na vida do planeta. Assim, contribui para a promoção da biodiversidade e, em simultâneo, ajuda a travar o aquecimento global já que, em média, uma única árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono, ao longo da sua vida.
Esta infografia verde que lhe mostramos permite conhecer melhor algumas das espécies autóctones da floresta portuguesa, desde as comuns, caso das oliveiras ou dos amieiros, até às mais raras, por estar em vias de extinção, caso do azereiro, ou precisar de condições bastante próprias para o seu desenvolvimento, como o queijigo.
Ler mais: VISÃO Verde - Conheça as árvores emblemáticas de Portugal
Blogue de apoio à disciplina de Ciências Naturais, na Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos com Secundário de Vila Flor, em Vila Flor.
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terça-feira, 20 de março de 2012
quinta-feira, 17 de março de 2011
Espécies Vegetais - Listagem

Listagem das espécies vegetais já apresentadas no Blogue com ligações a de recursos on line que facilita a pesquisa. Pode ser útil para a elaboração de trabalhos para o Dia Mundial da Floresta.
- Abrunheiro-bravo - Prunus spinosa L.
- Alecrim - Rosmarinus officinalis
- Fiolho (ou funcho) - Foeniculum vulgare Mill.
- Sabugueiro - Sambucus nigra
- Carqueja - Pterospartum tridentatum
- Sumagre - Rhus coriaria L.
- Aveleira - Corylus avellana
- Azevinho - Ilex aquifolium
- Oliveira - Olea europea L. Var. sylvestris
- Zimbro - Juniperus oxycedrus
- Pinheiro bravo - Pinus pinaster
- Sobreiro - Quercus suber
- Castanheiro - Castanea sativa
- Medronheiro - Arbutus unedo
- Teixo - Taxus baccata
- Carvalho-negral - Quercus pyrenaica
Especies vegetais - Abrunheiro-bravo
Abrunheiro-bravo - Prunus spinosa L.
Os abrunheiros-bravos formam, a partir de Março, nas falésias marítimas, magníficas moitas cor de neve repletas de ninhos de aves. Plantas rústicas e invasoras, podem, se não forem controladas, anexar vastíssimas áreas. Como o framboeseiro-selvagem, o seu tempo de vida é aproximadamente igual ao do homem.
Os abrunhos, pequenas drupas redondas e azul-escuras, quando maduras cobertas de uma pruína cerosa. são dotados de um encanto irresistível. Estes frutos não são comestíveis, mas raramente alguém deixa de os provar, ao menos uma vez por ano, no Outono, para saborear a sua aspereza. E necessário esperar que as primeiras geadas moderem este gosto antes de colhê-los para a preparação de licores ou aguardentes; as suas propriedades adstringentes são utilizadas em medicina, sendo indiferente que os frutos estejam verdes, frescos, secos ou maduros. As flores, cujo sabor a amêndoa amarga resulta da presença de uma substância geradora de ácido cianídrico, são também utilizadas. A casca e as folhas contém igualmente esta substância: por esta razão, é conveniente respeitar as doses indicadas. As folhas secas deste arbusto são apreciadas por alguns fumadores de cachimbo. As flores são colhidas em botão.
O Não ultrapassar as doses indicadas de cascas, flores e folhas.
Habitat: Europa, sebes, bermas; até 1600 m.
Identificação: de 1 a 3 m de altura. Arbusto espinhoso; ramos patentes, vilosos quando jovens, depois de um preto-brilhante; ramos espinhosos com folhas e grande número de raminhos patentes (em ângulo quase recto), folhas verde-escuras, pequenas, ovadas, serradas, pubescentes e em seguida glabras, com pecíolo curto e estipulas vilosas; flores brancas matizadas de cor-de-rosa (Março-Maio), antes das folhas, numerosas, pequenas, pedunculadas, 5 sépalas campanuladas, 5 pélalas brancas, 1 estílele, numerosos estâmes, drupa azul-escura, glabra, recoberta de uma camada cerosa (pruína), com caroço globoso quase liso; loiça com luriões. Cheiro agradável; sabor áspero. Partes utilizadas: casca, folhas, flores e frutos.
Componentes: lanino, helerósidos. ciano-genéticos, vitamina C
Propriedades: adstringente, depurativo, diurético, laxativo, sudorífico, iónico
Beneficios no tratamento de: acne, boca, crescimento, cura de Primavera, fadiga, furúnculo.
Fonte do texto: Bem estar
Mais informação sobre esta espécie:
Os abrunheiros-bravos formam, a partir de Março, nas falésias marítimas, magníficas moitas cor de neve repletas de ninhos de aves. Plantas rústicas e invasoras, podem, se não forem controladas, anexar vastíssimas áreas. Como o framboeseiro-selvagem, o seu tempo de vida é aproximadamente igual ao do homem.
Os abrunhos, pequenas drupas redondas e azul-escuras, quando maduras cobertas de uma pruína cerosa. são dotados de um encanto irresistível. Estes frutos não são comestíveis, mas raramente alguém deixa de os provar, ao menos uma vez por ano, no Outono, para saborear a sua aspereza. E necessário esperar que as primeiras geadas moderem este gosto antes de colhê-los para a preparação de licores ou aguardentes; as suas propriedades adstringentes são utilizadas em medicina, sendo indiferente que os frutos estejam verdes, frescos, secos ou maduros. As flores, cujo sabor a amêndoa amarga resulta da presença de uma substância geradora de ácido cianídrico, são também utilizadas. A casca e as folhas contém igualmente esta substância: por esta razão, é conveniente respeitar as doses indicadas. As folhas secas deste arbusto são apreciadas por alguns fumadores de cachimbo. As flores são colhidas em botão.
O Não ultrapassar as doses indicadas de cascas, flores e folhas.
Habitat: Europa, sebes, bermas; até 1600 m.
Identificação: de 1 a 3 m de altura. Arbusto espinhoso; ramos patentes, vilosos quando jovens, depois de um preto-brilhante; ramos espinhosos com folhas e grande número de raminhos patentes (em ângulo quase recto), folhas verde-escuras, pequenas, ovadas, serradas, pubescentes e em seguida glabras, com pecíolo curto e estipulas vilosas; flores brancas matizadas de cor-de-rosa (Março-Maio), antes das folhas, numerosas, pequenas, pedunculadas, 5 sépalas campanuladas, 5 pélalas brancas, 1 estílele, numerosos estâmes, drupa azul-escura, glabra, recoberta de uma camada cerosa (pruína), com caroço globoso quase liso; loiça com luriões. Cheiro agradável; sabor áspero. Partes utilizadas: casca, folhas, flores e frutos.
Componentes: lanino, helerósidos. ciano-genéticos, vitamina C
Propriedades: adstringente, depurativo, diurético, laxativo, sudorífico, iónico
Beneficios no tratamento de: acne, boca, crescimento, cura de Primavera, fadiga, furúnculo.
Fonte do texto: Bem estar
Mais informação sobre esta espécie:
terça-feira, 15 de março de 2011
Espécies vegetais - Alecrim
Alecrim - Rosmarinus officinalis
O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus.No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.
Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, lingüiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.
Recursos online:
O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus.No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.
Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, lingüiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.
Recursos online:
Espécies vegetais - Fiolho
Fiolho (ou funcho) - Foeniculum vulgare Mill.
O funcho, também conhecido por anis-doce, erva-doce, maratro ou finóquio, ou fiuncho, é o nome vernáculo dado à espécie herbácea Foeniculum vulgare Mill. (sinónimo taxonómico de Anethum foeniculum L. e de Foeniculum officinale L.) uma umbelífera fortemente aromática comestível utilizada em culinária, em perfumaria e como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas e planta medicinal. O funcho é nativo da bacia do Mediterrâneo, com variedades na Macaronésia e no Médio Oriente, onde ocorre no estado silvestre, mas é hoje cultivado, sob diversas formas varietais, em todas as regiões temperadas e subtropicais.
Recursos online:
O funcho, também conhecido por anis-doce, erva-doce, maratro ou finóquio, ou fiuncho, é o nome vernáculo dado à espécie herbácea Foeniculum vulgare Mill. (sinónimo taxonómico de Anethum foeniculum L. e de Foeniculum officinale L.) uma umbelífera fortemente aromática comestível utilizada em culinária, em perfumaria e como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas e planta medicinal. O funcho é nativo da bacia do Mediterrâneo, com variedades na Macaronésia e no Médio Oriente, onde ocorre no estado silvestre, mas é hoje cultivado, sob diversas formas varietais, em todas as regiões temperadas e subtropicais.
Recursos online:
Espécies vegetais - Sabugueiro
Sabugueiro - Sambucus nigra
O sabugueiro é desde a antiguidade definido como o guardião da saúde. Ao que me é dado a conhecer, o primeiro registo do uso desta planta no meio medicinal aparece nos escritos de Hipócrates, já lá vão 2500 anos.
Ao percorrermos os meios rurais é muito natural para as gentes simples considerarem o sabugueiro como uma autêntica “botica viva”. Isto deve-se ao facto de quase todas as partes desta árvore/arbusto serem indicadas para múltiplos usos. Um pouco por todo o lado esta arvore/arbusto é extremamente querida e considerada, quer por características medicinais ou mesmo lendárias. Posso a título de exemplo dizer o seguinte:
Os espanhóis, mais propriamente os catalães chama-lhe "árvore boa";
Os Açoreanos puseram-lhe o nome de "chá do bem fazer" à infusão que se faz com a flor seca do sabugueiro.
Os antigos achavam que dentro de cada sabugueiro morava uma curandeira que tinha sido morta na inquisição de forma injusta.
As diversas partes utilizadas são
As flores;
As folhas;
Os frutos maduros;
A segunda casca seca, excluindo-se a raiz;
O miolo.
As flores de sabugueiro têm de ser secas. Por superstição, para que as flores tenham efeito medicinal têm que ser colhidas na véspera ou no dia de São João, a fim de estarem abençoadas pelo Santo.
As flores contêm glúcidos, ácidos orgânicos, glucósidos, flavonóides, aminas, vitamina C, etc. As flores têm também taninos o que lhes conferem propriedades diaforéticas, isto é estimulam a sudação, sendo indicadas para combater estados febris. O efeito diaforético parece restringido apenas às flores e não a outras partes da planta. Quando se emprega a infusão concentrada de flores emprega-se sob a forma de gargarismo, isto no caso de afecções de boca e faringe. Para as inflamações e tumefacções utiliza-se em forma de compressas.
Não existe nada mais maravilhoso que um banho de imersão com flores de sabugueiro.
Quanto à baga do sabugueiro ela contem flavonóides (rutina e isoquercitina), ácidos orgânicos, pigmentos antocianicos, açúcares redutores, isto para além de pectina, taninos e vitaminas A, e C assim como elementos minerais. Quanto ao extracto da baga, ele tem propriedades laxativas. O sumo é um óptimo remédio contra as enxaquecas e as dores nervosas.
Fonte do texto: Paróquia de Salzedas
Fontes online:
O sabugueiro é desde a antiguidade definido como o guardião da saúde. Ao que me é dado a conhecer, o primeiro registo do uso desta planta no meio medicinal aparece nos escritos de Hipócrates, já lá vão 2500 anos.
Ao percorrermos os meios rurais é muito natural para as gentes simples considerarem o sabugueiro como uma autêntica “botica viva”. Isto deve-se ao facto de quase todas as partes desta árvore/arbusto serem indicadas para múltiplos usos. Um pouco por todo o lado esta arvore/arbusto é extremamente querida e considerada, quer por características medicinais ou mesmo lendárias. Posso a título de exemplo dizer o seguinte:
Os espanhóis, mais propriamente os catalães chama-lhe "árvore boa";
Os Açoreanos puseram-lhe o nome de "chá do bem fazer" à infusão que se faz com a flor seca do sabugueiro.
Os antigos achavam que dentro de cada sabugueiro morava uma curandeira que tinha sido morta na inquisição de forma injusta.
As diversas partes utilizadas são
As flores;
As folhas;
Os frutos maduros;
A segunda casca seca, excluindo-se a raiz;
O miolo.
As flores de sabugueiro têm de ser secas. Por superstição, para que as flores tenham efeito medicinal têm que ser colhidas na véspera ou no dia de São João, a fim de estarem abençoadas pelo Santo.
As flores contêm glúcidos, ácidos orgânicos, glucósidos, flavonóides, aminas, vitamina C, etc. As flores têm também taninos o que lhes conferem propriedades diaforéticas, isto é estimulam a sudação, sendo indicadas para combater estados febris. O efeito diaforético parece restringido apenas às flores e não a outras partes da planta. Quando se emprega a infusão concentrada de flores emprega-se sob a forma de gargarismo, isto no caso de afecções de boca e faringe. Para as inflamações e tumefacções utiliza-se em forma de compressas.
Não existe nada mais maravilhoso que um banho de imersão com flores de sabugueiro.
Quanto à baga do sabugueiro ela contem flavonóides (rutina e isoquercitina), ácidos orgânicos, pigmentos antocianicos, açúcares redutores, isto para além de pectina, taninos e vitaminas A, e C assim como elementos minerais. Quanto ao extracto da baga, ele tem propriedades laxativas. O sumo é um óptimo remédio contra as enxaquecas e as dores nervosas.
Fonte do texto: Paróquia de Salzedas
Fontes online:
segunda-feira, 14 de março de 2011
Espécies vegetais - Carqueja
A carqueja é um subarbusto espontâneo, aparentemente sem folhas, em que os ramos espalmados apresentam expansões foliáceas, e nos nós apresentam 3 'dentes', como indica o seu nome (que são o que resta das suas folhas e estípulas).
As flores amarelas aparecem em grupos nas pontas dos ramos ou lateralmente, em Março e Junho.
É muito comum na zona da Serra da Estrela estendendo-se até ao noroeste de Portugal.
Antigamente, muito usada como acendalha, agora é mais conhecida pelas suas propriedades medicinais e na culinária (arroz de carqueija).
Carqueja - Pterospartum tridentatum
Nota: Não confundir esta espécie com outra carqueja existente no Brasil.
Recursos online:
As flores amarelas aparecem em grupos nas pontas dos ramos ou lateralmente, em Março e Junho.
É muito comum na zona da Serra da Estrela estendendo-se até ao noroeste de Portugal.
Antigamente, muito usada como acendalha, agora é mais conhecida pelas suas propriedades medicinais e na culinária (arroz de carqueija).
Carqueja - Pterospartum tridentatum
Nota: Não confundir esta espécie com outra carqueja existente no Brasil.
Recursos online:
domingo, 13 de março de 2011
Espécies vegetais - Sumagre
Uma das espécies vegetais que mais me surpreendeu quando cheguei a Vila Flor há alguns anos atrás, foi o sumagre. Embora ele esteja presente em muitos dos concelhos trasmontanos nunca me chamou à atenção. Foi a coloração vermelho vivo das suas folhas que primeiro me atraiu. Depois de saber o seu nome, e de investigar sobre a importância da cultura do sumagre na região, tenho estado mais atento e encontro-o em toas as freguesias do concelho, bem como nos concelhos vizinho.
Aproxima-se o Dia Mundial da Floresta. Pedi aos meus alunos que fizessem um trabalho sobre algumas espécies vegetais, para ser exposto no dia 21 de Março no polivalente da escola. "Convenci" um grupo a debruçar-se sobre o sumagre. A surpresa foi geral, ninguém conhecia o sumagre. Mas para isso é que serve a escola... para aprendermos.
"O sumagre, de nome científico Rhus coriaria L., é um arbusto da família das Anacardiáceas, família botânica de plantas ricas em resinas e taninos, onde também estão inseridas espécies como o cajú, a manga, o pistacho, a aroeira e a cornalheira, sendo estas três últimas espécies arbustivas do género Pistacia, sendo a cornalheira - Pistacia terebinthus L. - também frequente nas matas e mortórios da vegetação mediterrânea duriense. O sumagre tem a sua inserção fitogeográfica na grande região mediterrânea, mais precisamente na sua sub-região mais oriental, tendo-se expandido a sua cultura para toda a mediterraneidade. Os romanos o utilizavam como condimento, sendo também muito antiga a sua utilização na preparação das peles e couros ou seja no artesanato e na indústria dos curtumes, utilização essa que entrou em declínio a partir do início do século XX, com o desenvolvimento de outras fontes de obtenção do tanino para a referida indústria.
É um arbusto de médio a grande porte, mesmo arborescente, de marcadas preferências por locais quentes e soalheiros, nas áreas de feição mediterrânea do nosso país, na Terra Quente e vale do Douro em Trás-os-Montes e Alto Douro, na Beira Interior, no Alentejo, no Algarve e nas Ilhas da Madeira e dos Açores onde também fora cultivado".
Fonte do texto: José Alves Ribeiro, Eng. Agrónomo, Professor Emérito da UTAD
Fotografias: Aníbal Gonçalves; a primeira em Samões e a segunda em Vale Frechoso, ambas no concelho de Vila Flor.
Recursos online:
Aproxima-se o Dia Mundial da Floresta. Pedi aos meus alunos que fizessem um trabalho sobre algumas espécies vegetais, para ser exposto no dia 21 de Março no polivalente da escola. "Convenci" um grupo a debruçar-se sobre o sumagre. A surpresa foi geral, ninguém conhecia o sumagre. Mas para isso é que serve a escola... para aprendermos.
Sumagre - Rhus coriaria L.
"O sumagre, de nome científico Rhus coriaria L., é um arbusto da família das Anacardiáceas, família botânica de plantas ricas em resinas e taninos, onde também estão inseridas espécies como o cajú, a manga, o pistacho, a aroeira e a cornalheira, sendo estas três últimas espécies arbustivas do género Pistacia, sendo a cornalheira - Pistacia terebinthus L. - também frequente nas matas e mortórios da vegetação mediterrânea duriense. O sumagre tem a sua inserção fitogeográfica na grande região mediterrânea, mais precisamente na sua sub-região mais oriental, tendo-se expandido a sua cultura para toda a mediterraneidade. Os romanos o utilizavam como condimento, sendo também muito antiga a sua utilização na preparação das peles e couros ou seja no artesanato e na indústria dos curtumes, utilização essa que entrou em declínio a partir do início do século XX, com o desenvolvimento de outras fontes de obtenção do tanino para a referida indústria.
É um arbusto de médio a grande porte, mesmo arborescente, de marcadas preferências por locais quentes e soalheiros, nas áreas de feição mediterrânea do nosso país, na Terra Quente e vale do Douro em Trás-os-Montes e Alto Douro, na Beira Interior, no Alentejo, no Algarve e nas Ilhas da Madeira e dos Açores onde também fora cultivado".
Fonte do texto: José Alves Ribeiro, Eng. Agrónomo, Professor Emérito da UTAD
Fotografias: Aníbal Gonçalves; a primeira em Samões e a segunda em Vale Frechoso, ambas no concelho de Vila Flor.
Recursos online:
- A extinta cultura do sumagre em Trás-os-Montes e Alto Douro
- A extinta cultura do sumagre em Trás-os-Montes e Alto Douro (continuação)
- Sumagre
- Sumac ou Sumagre
- Sumagre (dicionário)
- Imagens de sumagre (no Google)
- Sumagre (Wikkipedia, classificação; em castelhano)
quarta-feira, 10 de março de 2010
Espécies vegetais - Aveleira
Aveleira, Corylus avellana
A aveleira é uma pequena árvore, até 12 metros, de folhagem caduca. Aparece de forma espontânea (sem ser cultivada) no Norte do nosso país, em conjunto com outras árvores, como o carvalho e o padreiro. O seu fruto é uma glande e a sua semente a avelã, muito saborosa e rica em gorduras e apreciada por pequenos mamíferos como o esquilo. Para se desenvolver precisa de um clima suave, sem períodos de seca. Por este facto a aveleira é cultivada em regiões mais frescas e húmidas.
A aveleira é uma pequena árvore, até 12 metros, de folhagem caduca. Aparece de forma espontânea (sem ser cultivada) no Norte do nosso país, em conjunto com outras árvores, como o carvalho e o padreiro. O seu fruto é uma glande e a sua semente a avelã, muito saborosa e rica em gorduras e apreciada por pequenos mamíferos como o esquilo. Para se desenvolver precisa de um clima suave, sem períodos de seca. Por este facto a aveleira é cultivada em regiões mais frescas e húmidas.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Azevinho - Espécie protegida
Azevinho - Ilex aquifolium

Também conhecido como Azevinho espinhoso, Espinha sempre verde, Pica folhas, Pica ratos, Teio, Vidreiro, Visqueiro ou Zebro, esta árvore ou arbusto, de folha persistente, pode atingir mais de 15 metros de altura. Tem uma copa colunar larga, geralmente densa. A espécie desenvolve-se preferencialmente nos matos, bosques, sebes e valados da Europa Ocidental, Central e Meridional. No distrito de Vila Real, nasce de forma espontânea nas serras do Larouco, Barroso, Padrela, Alvão e Marão. O azevinho é uma árvore com folhas, verde-escuras, são quase sempre espinhosas. Possui um tronco direito, ramos horizontais, podendo os inferiores tocarem o solo, permitindo assim a sua propagação por mergulhia. A floração ocorre de Abril a Junho, sendo que as flores, com cerca de seis a oito milímetros, nascem em pequenos grupos nas axilas das folhas. Frutifica de Outubro a Dezembro e o seu fruto, cujo diâmetro oscila entre os sete e dez milímetros, é vermelho brilhante, com três a cinco pequenos lóculos no interior. O fruto amadurece no Inverno e pela sua cor torna-se muito vistoso, em contraste com a tonalidade verde escura das suas folhas. Os frutos possuem uma substância, a ilicina, que os torna tóxicos. A nível ecológico, o azevinho é considerado uma “árvore de sombra”, uma vez que suporta o coberto de árvores maiores. É um arbusto que se dá bem em qualquer solo, preferindo, no entanto, estações com pluviosidade alta ou média, bem como altitudes que não ultrapassem os 1300 metros. Trata-se de uma árvore que pode viver cerca de 300 anos. Normalmente, distingue-se por ser bastante procurada na época natalícia, a tal ponto que corre actualmente o risco de extinção, sendo totalmente proibida a sua colheita no nosso País. O Decreto-Lei nº 423/89 de 4 de Dezembro é categórico e explica que “é proibido, em todo o território do continente, o arranque, o corte total ou parcial, o transporte e a venda do azevinho espontâneo”. Para além disso, pode ler-se ainda que se trata de uma contra-ordenação punível com coima de 100 a 1000 euros, se for violado o disposto no artigo anterior, bem como dez mil euros se a contra-ordenação for praticada por uma pessoa colectiva.
Fonte: Mensageiro Notícias

Também conhecido como Azevinho espinhoso, Espinha sempre verde, Pica folhas, Pica ratos, Teio, Vidreiro, Visqueiro ou Zebro, esta árvore ou arbusto, de folha persistente, pode atingir mais de 15 metros de altura. Tem uma copa colunar larga, geralmente densa. A espécie desenvolve-se preferencialmente nos matos, bosques, sebes e valados da Europa Ocidental, Central e Meridional. No distrito de Vila Real, nasce de forma espontânea nas serras do Larouco, Barroso, Padrela, Alvão e Marão. O azevinho é uma árvore com folhas, verde-escuras, são quase sempre espinhosas. Possui um tronco direito, ramos horizontais, podendo os inferiores tocarem o solo, permitindo assim a sua propagação por mergulhia. A floração ocorre de Abril a Junho, sendo que as flores, com cerca de seis a oito milímetros, nascem em pequenos grupos nas axilas das folhas. Frutifica de Outubro a Dezembro e o seu fruto, cujo diâmetro oscila entre os sete e dez milímetros, é vermelho brilhante, com três a cinco pequenos lóculos no interior. O fruto amadurece no Inverno e pela sua cor torna-se muito vistoso, em contraste com a tonalidade verde escura das suas folhas. Os frutos possuem uma substância, a ilicina, que os torna tóxicos. A nível ecológico, o azevinho é considerado uma “árvore de sombra”, uma vez que suporta o coberto de árvores maiores. É um arbusto que se dá bem em qualquer solo, preferindo, no entanto, estações com pluviosidade alta ou média, bem como altitudes que não ultrapassem os 1300 metros. Trata-se de uma árvore que pode viver cerca de 300 anos. Normalmente, distingue-se por ser bastante procurada na época natalícia, a tal ponto que corre actualmente o risco de extinção, sendo totalmente proibida a sua colheita no nosso País. O Decreto-Lei nº 423/89 de 4 de Dezembro é categórico e explica que “é proibido, em todo o território do continente, o arranque, o corte total ou parcial, o transporte e a venda do azevinho espontâneo”. Para além disso, pode ler-se ainda que se trata de uma contra-ordenação punível com coima de 100 a 1000 euros, se for violado o disposto no artigo anterior, bem como dez mil euros se a contra-ordenação for praticada por uma pessoa colectiva.
Fonte: Mensageiro Notícias
domingo, 8 de março de 2009
Espécies vegetais - Oliveira

Oliveira, Olea europea L. Var. sylvestris
A oliveira utilizada para produção de azeite é a Olea europea L. var. europea mas a oliveira selvagem, que existe de forma espontânea em regiões como o vale do rio Sabor é a Olea europea L. var. sylvestris Bot. mais conhecida a nível nacional por zambujeiro. Em Mogadouro são conhecidas por zambulhos e são usadas para enxertia com oliveiras de cultivo porque desenvolvem fortes raízes que permitem cultivar oliveiras em terrenos pobres e rochosos.
Recursos na Internet:
Árvores autóctones
Segue abaixo a listagem de algumas das árvores autóctones mais frequentes da floresta portuguesa:
Nome comum | Nome científico |
Espécies da Floresta Mediterrânica e Atlântica | |
Azinheira | Quercus rotundifolia |
Cerejeira-brava | Prunus avium |
Carvalho-português | Quercus faginea |
Carvalho-negral | Quercus pyrenaica |
Carvalho-alvarinho | Quercus robur |
Medronheiro | Arbutus unedo |
Pinheiro-manso | Pinus pinea |
Pinheiro-bravo | Pinus pinaster |
Zambujeiro | Olea europaea var. sylvestris |
Sobreiro | Quercus suber |
Espécies ripícolas – associadas a cursos de água | |
Amieiro | Alnus glutinosa |
Freixo | Fraxinus angustifolia |
Choupo-negro | Populus nigra |
Borrazeira-negra | Salix atrocinerea |
Salgueiro-branco | Salix alba |
Ulmeiro | Ulmus minor |
Espécies vegetais - Zimbro

Zimbro, Juniperus oxycedrus
O Juniperus oxycedrus, conhecido pelo nome vulgar de cedro-de-espanha, cade, oxicedro ou zimbro-bravo é uma espécie de zimbro, muito variável morfologicamente, formando mato disperso, de 2 a 3 metros de altura ou na forma de pequenas árvores erectas de 10 a 15 m de altura. Distribui-se pela região Mediterrânica, de Marrocos e Portugal até ao sul de França.
Recursos na Internet:
Espécies vegetais - Pinheiro bravo

Pinheiro bravo, Pinus pinaster
É uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros. A copa das árvores jovens é piramidal, e nas adultas é arredondada. O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada e profundamente fendida. A sub-espécie mediterrânica tende a possuir casca mais espessa, que pode ocupar mais de metade da secção do tronco. As suas folhas são folhas persistentes, em forma de agulhas agrupadas aos pares, com 10 a 25 centímetros de comprimento. Tem uma ramificação verticilada, densa, os ramos quando são jovens são muito espaçados e amplos.
Recursos na Internet:
Espécies vegetais - Sobreiro

Sobreiro, Quercus suber
Árvore de porte médio, com uma copa ampla, com uma altura média de 15 - 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. O tronco tem uma casca espessa e suberosa, vulgarmente designada por cortiça. As folhas são persistentes, de cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e acinzentadas nas inferiores. Têm uma forma oval, com margem inteira ou ligeiramente serrada ou dentada; e têm indumento. O fruto do sobreiro é a glande, que tem uma forma oval-oblonga e um pedúnculo curto.
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Espécies vegetais - Castanheiro

Árvore caducifólia de porte mediano podendo atingir 25 a 30 m de altura, mas geralmente imponente quando adulta e isolada; possui copa ampla, larga nos sujeitos isolados. O tronco, grosso, revestido por casca que muda de cor e de textura com a idade, é espesso e direito; os ramos inferiores são compactos e de grande envergadura e os ramos superiores são torcidos.
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Espécies vegetais - Medronheiro

Arbusto ou pequena árvore, até 10 metros, de folhagem persistente, típico das encostas secas do clima mediterrânico. O seu fruto, o medronho, é uma baga comestível mas ácida, de aspecto
granuloso, muito apreciada por algumas aves, como o gaio.
É espontâneo em Portugal e pode ser encontrado um pouco por todo o país. No entanto, no Algarve explora-se comercialmente o medronheiro para produzir aguardente a partir da destilação dos medronhos.
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Espécies vegetais - Teixo

Teixo, Taxus baccata
Arbusto ou árvore até 25 metros, de folhagem persistente e crescimento muito lento. Tem o seu habitat nas montanhas, onde se encontra em perigo de extinção. O seu fruto é um falso fruto porque, aquilo que parece ser uma baga, não passa de uma semente envolvida por um arilho ou falso invólucro, muito doce e comestível. Apesar de as suas folhas e ramos serem venenosos, neles se descobriu recentemente uma substância, o taxol, para a cura do cancro do útero. Este facto comprova a importância de preservarmos todas as espécies.
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Espécies vegetais - Carvalho Negral

o nosso carvalho mais resistente ao frio. O seu fruto é uma glande e a semente uma bolota. Podemos encontrá-lo nos locais mais altos das nossas montanhas, nas terras frias do Nordeste
Transmontano e da Beira Alta. As folhas são pubescentes (parecem veludo), de um tom verde-acinzentado. Apesar de ser uma árvore de folha caduca, as folhas têm a particularidade de murchar no Outono mas permanecerem presas aos ramos da árvore durante grande parte do Inverno. Como é muito explorado para as lareiras, as árvores nunca chegam a crescer muito, tomando o nome de carvalhiça. Contudo podem atingir os 25 metros.
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