Blogue de apoio à disciplina de Ciências Naturais, na Escola Básica de 2.º e 3.º Ciclos com Secundário de Vila Flor, em Vila Flor.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Dióxido de carbono no valor mais alto de sempre
As emissões de dióxido de carbono atingiram o nível mais elevado de sempre em 2010, o que poderá aumentar a temperatura além do «limiar perigoso» de dois graus célsius, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE)citada pela Lusa.
De acordo com os dados da AIE apresentados na edição desta segunda-feira do jornal britânico Guardian, foi registado em 2010 um aumento das emissões de dióxido de carbono de 1,6 gigatones, o mais elevado de sempre, para 30,6 gigatones.
A AIE já tinha alertado que a emissão anual de dióxido de carbono não deverá ultrapassar os 32 gigatones em 2020.
Fonte: IOL Diário
Eco Veículo de Coimbra percorreu 2568 km com um litro de gasolina
"O Eco Veículo da Universidade de Coimbra (UC) percorreu 2568 quilómetros com apenas um litro de gasolina, arrebatando o 3.º lugar na Shell Eco-Marathon 2011, realizada na Alemanha. A equipa da UC afirmou-se como o melhor conjunto português e ibérico.
A formação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que reúne alunos de Engenharia Automóvel e de Engenharia Mecânica, teve como piloto a estudante de Economia Ana Rita Lopes. Melhorou a distância percorrida desde a edição transacta, em que registara 2204 quilómetros.
Com um litro de gasolina sem chumbo 95, a uma velocidade média de 30 km/h, o Eco Veículo da FCTUC conquistou o 3.º lugar na categoria Protótipos de combustão interna, e o 4.º lugar na classificação geral da Shell Eco-marathon Europe 2011, que decorreu, nos últimos três dias, no Circuito de Lausitz, na Alemanha.
Pedro Carvalheira, docente que coordena esta equipa, referiu que em termos de classificação a sua equipa perdeu um lugar, pois ficara em 2.º na edição anterior, quando beneficiou da má prova de uma favorita e da desistência de uma outra candidata aos primeiros lugares.
"Melhorámos bastante e aproximámo-nos dos primeiros", afirmou o docente, referindo que os grandes benefícios introduzidos no protótipo desde há um ano ficaram a dever-se às alterações na aerodinâmica e à introdução de uma nova peça no motor, que transfere calor da cabeça para o cárter.
O Eco Veículo pesa 37 quilos e dispõe de um motor monocilíndrico, a quatro tempos, inteiramente desenvolvido pela FCTUC. Com 31,65cc de capacidade, o propulsor debita 1,3 cavalos de potência e 2,05 Nm de binário. "É quase relojoaria", comenta Pedro Carvalheira. Já a piloto Ana Rita Lopes pesa apenas 43 kg e teve de levar 7 kg de lastro para perfazer os 50 kg regulamentares. O veículo tem de cumprir vários requisitos, como é o caso da existência de um extintor a bordo e de um roll-bar - estrutura metálica que garante uma célula de sobrevivência em caso de capotamento ou choque.
Nesta prova, que reuniu cerca de 250 participantes em diversas categorias e de diversos países do mundo, a vencedora foi uma equipa francesa, que percorreu 3688 quilómetros com um litro de gasolina. A segunda melhor de Portugal foi a da Universidade do Minho, com 1273 quilómetros percorridos. A primeira de Espanha quedou-se pelo 11.º lugar, ao conseguir percorrer 1455 quilómetros com um litro de gasolina.
A equipa do Eco Veículo da Universidade de Coimbra participa em provas de economia de combustível desde 1999 (quando percorreu "apenas" 613 quilómetros com um litro de gasolina) e detém o recorde absoluto da Península Ibérica desde o ano de 2001. Para Pedro Carvalheira, o Eco Veículo é uma forma de os alunos das engenharias mecânica e automóvel desenvolverem trabalho prático todo o ano e encontrarem nele "um motivo para estudar as coisas".
30.05.2011
Fonte: Lusa, PÚBLICO
domingo, 14 de março de 2010
Limpar Portugal
Eu estou 100% empenhado em participar no movimento LIMPAR PORTUGAL.
No dia 20 vou participar activamente na limpeza de lixeiras clandestinas no concelho de Vila Flor.
E TU? VAIS FICAR EM CASA?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Limpar Portugal
O Movimento Limpar Portugal (PLP) é um movimento cívico altruísta cujo objectivo é promover a educação ambiental por intermédio da iniciativa de limpar a floresta portuguesa no dia 20 de Março de 2010.
Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”.
Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com milhares de voluntários. Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta e pelo futuro dos nossos filhos.
Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente depositado. Não podemos deixar que esta situação continue.
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet onde tem toda a informação de como o fazer. O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.
Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”.
Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com milhares de voluntários. Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta e pelo futuro dos nossos filhos.
Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente depositado. Não podemos deixar que esta situação continue.
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet onde tem toda a informação de como o fazer. O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Relva no telhado para poupar energia

"Prédios e hospitais de Pequim, na China, adoptaram uma nova medida de protecção ambiental, em nome da poupança de energia: plantar relva nos telhados dos edifícios. Só recentemente a ideia está a ser aplicada no país, mas a poupança de energia, no Inverno e no verão, chega aos 26 por cento."
Jornal IOL Diário
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Charles Darwin

Charles Robert Darwin (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809 — Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria desenvolveu-se no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Darwin começou a interessar-se por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. As suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Selecção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele confiou-as apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objecções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.
No seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de selecção natural. Esta tornou-se a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza.
Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.
Mais informação sobre Charles Darwin na Wikipedia
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Portugal e Espanha têm estratégia conjunta para salvar lince ibérico
Cientistas querem recuperar o coelho, principal presa do lince

Cientistas portugueses e espanhóis propõem uma nova estratégia para salvar da extinção o lince ibérico assente na recuperação da diversidade genética do coelho, a sua principal presa, e do seu habitat natural.
A proposta é apresentada por Márcia Barbosa e colegas das universidades de Évora, Málaga e da Estação Biológica de Doñana num estudo a publicar na revista científica internacional Diversity and Distribution, especializada em biogeografia da conservação.
O felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo alimentava-se até ao século passado de duas linhagens genéticas de coelho com habitat em duas zonas distintas da Península Ibérica, uma situada no nordeste e outra no sudoeste.
Os dois animais surgiram aproximadamente ao mesmo tempo na península e evoluíram em conjunto ao longo do último milhão de anos, período durante o qual estabeleceram inter-relações complexas cuja preservação é agora defendida pelos cientistas.
Redução drástica da população de coelhos
Devido a doenças, a população de coelhos do nordeste sofreu nos anos 1980 uma redução drástica que foi acompanhada por um declínio da população de linces, tendo estes passado a ficar confinados ao sudoeste, numa área que abrange Espanha e Portugal.
As duas zonas geográficas são, grosso modo, separadas por uma diagonal situada entre Vigo e Múrcia, sendo que o lince foi ficando relegado à parte esquerda desta diagonal e, mais recentemente, ao sul desta área.
Perante esta situação, a equipa de investigadores procurou saber se o declínio do lince seria apenas um problema de falta de coelhos ou também, como suspeitavam, de falta de diversidade desta presa.
Para testar esta hipótese desenvolveram dois modelos matemáticos, um para cada espécie, em que relacionaram conjuntos de factores ambientais, como o clima e o estado dos solos, com a abundância da população.
Os modelos foram depois usados para testar se a razão principal do declínio do lince eram variações ambientais ou variações nas populações de coelhos, tendo a conclusão apontado fortemente para a última hipótese.
A equipa constatou também uma associação negativa entre a linhagem de coelhos do sudoeste, a única actualmente ao dispor do lince, e as condições óptimas de vida do coelho, sugerindo que esta subespécie não está a prosperar, contrariamente à do nordeste, o que compromete ainda mais a situação do lince.
Fonte: IOL Diário

Cientistas portugueses e espanhóis propõem uma nova estratégia para salvar da extinção o lince ibérico assente na recuperação da diversidade genética do coelho, a sua principal presa, e do seu habitat natural.
A proposta é apresentada por Márcia Barbosa e colegas das universidades de Évora, Málaga e da Estação Biológica de Doñana num estudo a publicar na revista científica internacional Diversity and Distribution, especializada em biogeografia da conservação.
O felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo alimentava-se até ao século passado de duas linhagens genéticas de coelho com habitat em duas zonas distintas da Península Ibérica, uma situada no nordeste e outra no sudoeste.
Os dois animais surgiram aproximadamente ao mesmo tempo na península e evoluíram em conjunto ao longo do último milhão de anos, período durante o qual estabeleceram inter-relações complexas cuja preservação é agora defendida pelos cientistas.
Redução drástica da população de coelhos
Devido a doenças, a população de coelhos do nordeste sofreu nos anos 1980 uma redução drástica que foi acompanhada por um declínio da população de linces, tendo estes passado a ficar confinados ao sudoeste, numa área que abrange Espanha e Portugal.
As duas zonas geográficas são, grosso modo, separadas por uma diagonal situada entre Vigo e Múrcia, sendo que o lince foi ficando relegado à parte esquerda desta diagonal e, mais recentemente, ao sul desta área.
Perante esta situação, a equipa de investigadores procurou saber se o declínio do lince seria apenas um problema de falta de coelhos ou também, como suspeitavam, de falta de diversidade desta presa.
Para testar esta hipótese desenvolveram dois modelos matemáticos, um para cada espécie, em que relacionaram conjuntos de factores ambientais, como o clima e o estado dos solos, com a abundância da população.
Os modelos foram depois usados para testar se a razão principal do declínio do lince eram variações ambientais ou variações nas populações de coelhos, tendo a conclusão apontado fortemente para a última hipótese.
A equipa constatou também uma associação negativa entre a linhagem de coelhos do sudoeste, a única actualmente ao dispor do lince, e as condições óptimas de vida do coelho, sugerindo que esta subespécie não está a prosperar, contrariamente à do nordeste, o que compromete ainda mais a situação do lince.
Fonte: IOL Diário
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Milhares de portugueses ainda bebem água contaminada com bactérias

Milhares de portugueses continuam a beber água contaminada com bactérias nocivas à saúde. Cerca de 65 mil pessoas são servidas por sistemas de abastecimento onde, em 2007, todas as análises efectuadas revelaram a presença de Enterococos, segundo dados do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR). Em 2006, eram 71 mil.
E aproximadamente 61 mil portugueses beberam água onde a bactéria E.coli apareceu em pelo menos metade das análises feitas no ano passado – contra 63 mil em 2006.
Ambos os microorganismos provocam infecções e diarreias. Mas a Direcção-Geral da Saúde não tem registo de surtos epidemiológicos relacionados com a ingestão de água em 2007.
Os dados do Instituto Regulador de Águas e Resíduos são a base do relatório anual sobre a qualidade da água para consumo humano, divulgado hoje. Segundo os dados, 2,57 por cento de todas as análises feitas no ano passado em Portugal violaram algum parâmetro da qualidade da água. Em 2006, foram 2,79 por cento e em 2005, 2,53 por cento.
A contaminação microbiológica continua a ser a ovelha negra, com 4,32 por cento das análises a revelarem água de má qualidade (5,11 por cento em 2006). Os casos referem-se sobretudo a pequenos sistemas de abastecimento, que distribuem água para dezenas ou centenas de pessoas e onde eram obrigatórias apenas duas análises por ano.
O controlo da qualidade da água melhorou no ano passado, com 98,9 por cento das análises obrigatórias realizadas. Todos as entidades que gerem a distribuição de água apresentaram planos de controlo da qualidade da água e só 0,3 por cento foram chumbados.
02.10.2008
Ricardo Garcia
Jornal: Público
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Terceira edição do Livro vermelho dos Vertebrados de Portugal
ICNB implementa comissão para actualização constante do estado de ameaça das espécies
24.09.2008 - 19h44 Nicolau Ferreira
O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) vai implementar uma Comissão Nacional de Inventariação de Espécies que pretende fazer uma actualização constante do estado dos vertebrados em Portugal.
Amanhã à tarde, o Instituto e a editora Assírio & Alvim vão lançar a terceira edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, que apesar de não contar com alterações no conteúdo vem responder à procura cada vez maior dos temas de conservação e de biodiversidade.
A apresentação vai ser em Lisboa na livraria da editora que desde a segunda edição tem uma parceria com o ICNB para pôr o livro no mercado. O Instituto é o responsável pelo conteúdo da obra que descreve todas as espécies de peixes dulciaquícolas e migradores, anfíbios, répteis, aves e mamíferos que vivem no território nacional e que sofrem diferentes graus de ameaça.
“O mercado das pessoas interessadas é substancialmente superior ao que se esperava”, disse ao PÚBLICO Henrique Pereira dos Santos, chefe do Departamento de Comunicação e Gestão de Operações do ICNB. “Quer para a Assírio, quer para nós, a segunda edição esgotou com uma rapidez que não estávamos à espera”, explicou.
No passado, para a produção do conteúdo do Livro Vermelho reuniam-se quase duas centenas de especialistas que analisavam a informação sobre os grupos de vertebrados. O processo arrastava-se não só pela sistematização de informação, mas também porque era necessário chegar a acordos.
Agora, com a Comissão o procedimento torna-se mais simples. Quando existe a necessidade de actualizar a informação acerca de uma espécie, reúne-se um grupo responsável que faz a avaliação. “À medida que há um novo acordo, actualiza-se o Livro Vermelho. Quando esta edição se esgotar vamos tendo edições sucessivas com as actualizações”, explicou Henrique Pereira dos Santos. Antes da nova edição em papel a informação é sempre publicada na Internet, onde fica sempre disponível.
Com o novo Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o Livro Vermelho passa a ter um valor acrescentado pois é um forte contributo para o cadastro das espécies. A actualização “vai permitir uma informação muito mais próxima da realidade” disse Pereira dos Santos. O que é importante porque se uma espécie passa de um estado “vulnerável” para um estado de “criticamente em perigo” matar um indivíduo da espécie não terá o mesmo peso.
O professor universitário Jorge Palmeirim, especialista em mamíferos e um dos responsáveis pelo conteúdo do Livro Vermelho vai falar durante o lançamento da nova edição. O biólogo está de acordo com a nova Comissão desde que haja a “garantia que os processos de avaliação e actualização do estado das espécies sejam abertos e feitos por especialistas externos”.
Para Palmeirim o interesse cada vez maior do público nos temas de conservação reflecte o aumento de educação da sociedade. “É natural que aumente o interesse pelo património”, disse Palmeirim ao PÚBLICO. Durante o lançamento o biólogo vai explicar “a lógica e a utilidade do livro vermelho quer como um instrumento de apelo à decisão a vários níveis quer como uma ferramenta de educação”.
Fonte: Jornal Público
24.09.2008 - 19h44 Nicolau Ferreira

Amanhã à tarde, o Instituto e a editora Assírio & Alvim vão lançar a terceira edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, que apesar de não contar com alterações no conteúdo vem responder à procura cada vez maior dos temas de conservação e de biodiversidade.
A apresentação vai ser em Lisboa na livraria da editora que desde a segunda edição tem uma parceria com o ICNB para pôr o livro no mercado. O Instituto é o responsável pelo conteúdo da obra que descreve todas as espécies de peixes dulciaquícolas e migradores, anfíbios, répteis, aves e mamíferos que vivem no território nacional e que sofrem diferentes graus de ameaça.
“O mercado das pessoas interessadas é substancialmente superior ao que se esperava”, disse ao PÚBLICO Henrique Pereira dos Santos, chefe do Departamento de Comunicação e Gestão de Operações do ICNB. “Quer para a Assírio, quer para nós, a segunda edição esgotou com uma rapidez que não estávamos à espera”, explicou.
No passado, para a produção do conteúdo do Livro Vermelho reuniam-se quase duas centenas de especialistas que analisavam a informação sobre os grupos de vertebrados. O processo arrastava-se não só pela sistematização de informação, mas também porque era necessário chegar a acordos.
Agora, com a Comissão o procedimento torna-se mais simples. Quando existe a necessidade de actualizar a informação acerca de uma espécie, reúne-se um grupo responsável que faz a avaliação. “À medida que há um novo acordo, actualiza-se o Livro Vermelho. Quando esta edição se esgotar vamos tendo edições sucessivas com as actualizações”, explicou Henrique Pereira dos Santos. Antes da nova edição em papel a informação é sempre publicada na Internet, onde fica sempre disponível.
Com o novo Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o Livro Vermelho passa a ter um valor acrescentado pois é um forte contributo para o cadastro das espécies. A actualização “vai permitir uma informação muito mais próxima da realidade” disse Pereira dos Santos. O que é importante porque se uma espécie passa de um estado “vulnerável” para um estado de “criticamente em perigo” matar um indivíduo da espécie não terá o mesmo peso.
O professor universitário Jorge Palmeirim, especialista em mamíferos e um dos responsáveis pelo conteúdo do Livro Vermelho vai falar durante o lançamento da nova edição. O biólogo está de acordo com a nova Comissão desde que haja a “garantia que os processos de avaliação e actualização do estado das espécies sejam abertos e feitos por especialistas externos”.
Para Palmeirim o interesse cada vez maior do público nos temas de conservação reflecte o aumento de educação da sociedade. “É natural que aumente o interesse pelo património”, disse Palmeirim ao PÚBLICO. Durante o lançamento o biólogo vai explicar “a lógica e a utilidade do livro vermelho quer como um instrumento de apelo à decisão a vários níveis quer como uma ferramenta de educação”.
Fonte: Jornal Público
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Obesidade aumenta em Portugal

X Congresso Português de Endocrinologia
A obesidade é uma doença que continua a aumentar em Portugal, segundo os resultados do Estudo da Prevalência da Obesidade em Portugal, que serão apresentados esta sexta-feira no âmbito do IX Congresso Português de Endocrinologia, a decorrer em Lisboa até ao próximo domingo.
Segundo José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e também director do serviço de Endocrinologia do Hospital de S. João, no Porto, o estudo, liderado por Isabel do Carmo, desenvolveu-se entre 2003 e 2005 e baseou-se numa amostra de 8.116 pessoas, dos 18 aos 64 anos.
Segundo esta investigação, 2.4 % de pessoas têm peso a menos, o que contribui para o aparecimento de doenças como a anorexia nervosa, 39.4 % com sobrecarga de peso devido a um Índice de Massa Corporal superior a 25.
Os resultados revelaram ainda que 14.02 % da população estudada é obesa.
Perante estes resultados, José Luís Medina diz que é urgente fazer face a esta doença através de medidas de saúde pública “agressivas”.
A obesidade é um dos principais factores de risco para o desenvolvimento de doenças que afectam milhões de pessoas, entre as quais, hipertensão, diabetes, doença coronária ou acidente vascular cerebral.
25-01-2008
Correio da Manhã
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Babe com medo aos lobos

A população de Babe, no concelho de Bragança, anda sobressaltada com os supostos ataques de lobos a animais de estimação. Segundo os populares, alguns cães terão, mesmo, sido mortos e comidos no último mês.
Por isso, agora há muitos habitantes que receiam ir sozinhos para os campos ou para a apanha da castanha. “As pessoas, principalmente as de mais idade, têm medo de ir para sítios mais isolados”, explicou o presidente da Junta de Freguesia de Babe (JFB), Manuel Esteves.
Paulo Miranda, habitante da aldeia, garante que as pessoas “andam completamente aterrorizadas”, ao passo que Francisco Afonso, também residente em Babe, recorda uma perseguição de um lobo ao seu cão.
Na óptica dos habitantes, esta aproximação dos lobos à aldeia pode colocar em perigo a vida das pessoas, uma teoria que é contrariada pelo biólogo do Parque Natural de Montesinho (PNM), Luís Moreira. “Existem anos em que os lobos descem mais, mas não têm um instinto agressivo, pelo que basta um barulho ou o latir dos cães para fugirem”.
Pessoas tendem a confundir a fisionomia do lobo com a dos animais canídeos
Para o técnico, muitas das “visões” de lobos relatadas pelas pessoas, não correspondem à realidade, dada a sua semelhança com os cães, pelo que não existem motivos para receios.
“Muitas vezes, confundem-se e, em 80 por cento dos casos em que somos chamados, os supostos lobos afinal são cães”, salientou o técnico.
Sobre os presumíveis ataques a animais de estimação, Luís Moreira explica que poderão ter sido causados por lobos, mas nunca dentro da aldeia ou de dia. “Estes animais têm características muito próprias e acredito que os cães poderão ter sido mortos, pois afastaram-se do dono à noite e estavam sozinhos”, sublinhou o biólogo.
A população, no entanto, prefere precaver-se e acusa os técnicos do PNM de terem lançado lobos nas matas da freguesia.
Confrontado com as acusações, Luís Moreira garante que “é uma ideia descabida, até porque esses lobos nunca sobreviveriam, pois eram rejeitados pelos que já ocupam o território”. Para o responsável, trata-se de “um mito rural actual” que não corresponde à verdade e que nasceu da “confusão com o repovoamento de coelhos em algumas zonas de caça”.
Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2007-11-22
Fonte
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
1800 crianças aprendem a preservar a água
Quase 1800 alunos do segundo ciclo do ensino básico vão participar num projecto pioneiro de preservação dos recursos hídricos, promovido pela empresa Águas de Trás-os-Montes (AdTMAD), e que conta com o apoio da UNESCO, da União Europeia e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entre outras entidades. Foi apresentado ontem em Vila Real.
Os estudantes integram 62 turmas de 31 municípios da região transmontano-duriense e o projecto designado "Água e Sustentabilidade" poderá, no futuro, "vir a ser implementado em outras regiões do país", como defendeu, por exemplo, Maria do Carmo Cunha, da APA.
Cada escola irá receber, entre diverso material pedagógico e interactivo, dois GPS, que permitirão aos alunos experiências na área da georeferenciação.
Trata-se do primeiro projecto português presente na iniciativa promovida pela UNESCO da Década Internacional da Educação para a Sustentabilidade e inclui um Museu Virtual da Água. Um espaço que pretende ser "um álbum de memórias colectivas da região na Internet, sublinhando a relação entre a Água, a Cultura e o Território", explicou Alexandre Chaves, administrador da AdTMAD.
O embaixador da UNESCO em Portugal, Andresen Guimarães, lembrou que "não é possível dissociar o desenvolvimento da sustentabilidade, sendo fundamental o equilíbrio entre as duas vertentes". Aquele responsável exortou os mais jovens a que "sejam os primeiros a ajudar na tarefa de preservação da água, recurso que no passado era gratuito, mas que deixou de ser, e tem de ser gerido, cuidado e não poluído, a bem do futuro de todos".
O projecto inclui palestras, visitas de estudo ao longo do presente ano lectivo e várias iniciativas durante o mês do Ambiente (Junho). Será, ainda, promovida uma exposição designada "Águas passadas ainda movem moinhos".
A turma que mais contribuir para o Museu Virtual será premiada com uma viagem de três dias à ExpoZaragoza 2008, a grande exposição sobre Água e Sustentabilidade, em Espanha.
A iniciativa conta, ainda, com o apoio da União Europeia, através dos programas Feder, Interreg III- A.
Ermelinda Osório
Fonte: Jornal de Notícias
Os estudantes integram 62 turmas de 31 municípios da região transmontano-duriense e o projecto designado "Água e Sustentabilidade" poderá, no futuro, "vir a ser implementado em outras regiões do país", como defendeu, por exemplo, Maria do Carmo Cunha, da APA.
Cada escola irá receber, entre diverso material pedagógico e interactivo, dois GPS, que permitirão aos alunos experiências na área da georeferenciação.
Trata-se do primeiro projecto português presente na iniciativa promovida pela UNESCO da Década Internacional da Educação para a Sustentabilidade e inclui um Museu Virtual da Água. Um espaço que pretende ser "um álbum de memórias colectivas da região na Internet, sublinhando a relação entre a Água, a Cultura e o Território", explicou Alexandre Chaves, administrador da AdTMAD.
O embaixador da UNESCO em Portugal, Andresen Guimarães, lembrou que "não é possível dissociar o desenvolvimento da sustentabilidade, sendo fundamental o equilíbrio entre as duas vertentes". Aquele responsável exortou os mais jovens a que "sejam os primeiros a ajudar na tarefa de preservação da água, recurso que no passado era gratuito, mas que deixou de ser, e tem de ser gerido, cuidado e não poluído, a bem do futuro de todos".
O projecto inclui palestras, visitas de estudo ao longo do presente ano lectivo e várias iniciativas durante o mês do Ambiente (Junho). Será, ainda, promovida uma exposição designada "Águas passadas ainda movem moinhos".
A turma que mais contribuir para o Museu Virtual será premiada com uma viagem de três dias à ExpoZaragoza 2008, a grande exposição sobre Água e Sustentabilidade, em Espanha.
A iniciativa conta, ainda, com o apoio da União Europeia, através dos programas Feder, Interreg III- A.
Ermelinda Osório
Fonte: Jornal de Notícias
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Dia Mundial da Alimentação

A data é celebrada em mais de 150 países, no dia de aniversário da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), que tem sede no Quebeq, Canadá.
Embora a nossa preocupação seja mais a alimentação saudável, não podemos esquecer que há mais de 850 milhões de pessoas que não se alimentam convenientemente ou passam mesmo fome. Por isso o tema para este ano, 2007, é O DIREITO À ALIMENTAÇÃO.
Estamos habituados a ver muitos mapas, mas o mapa abaixo representa a distribuição da fome no mundo. A situação da fome no Mundo não tem sofrido melhorias significativas ao longo dos anos e essa situação deve preocupar-nos procurando soluções para o futuro.

domingo, 23 de setembro de 2007
Cerca de 200 países conseguem acordo histórico para proteger camada de ozono
Em Montreal
Cerca de 200 países conseguem acordo histórico para proteger camada de ozono
22.09.2007 - 19h17 AFP, PUBLICO.PT
A União Europeia e mais 190 países decidiram, em Montreal, antecipar em dez anos o congelamento e a eliminação das substâncias nocivas para a camada de ozono, um acordo histórico que também beneficiará o combate às alterações climáticas.
“Assistimos hoje a uma iniciativa histórica para o nosso Ambiente”, disse hoje o ministro canadiano do Ambiente, John Baird, referindo-se ao acordo conseguido durante a conferência de uma semana em Montreal para suspender e depois eliminar, mais cedo do que o previsto, os HCFC (hidrofluorcarbonetos), substâncias nocivas para a camada de ozono, usados na refrigeração e na climatização. A sua eliminação acelerada contribuirá ainda para o combate às alterações climáticas porque estas substâncias também são um gás com efeito de estufa.
Os HCFC foram adoptados na década de 90 como substitutos temporários para os CFC, proibidos por destruírem a camada de ozono. A sua eliminação estava prevista para 2030 para os países desenvolvidos e 2040 para os países em desenvolvimento. Mas o conhecimento científico nos últimos anos mostrou os benefícios ambientais de antecipar essas datas.
O acordo final resulta da combinação de várias opções apresentadas pela Argentina e Brasil; Noruega e Suiça; Estados Unidos; Mauritânia, Maurícias e Federação de Estados da Micronésia.
Segundo este acordo, a produção de HCFC será congelada em 2013, a níveis de 2009-2010. Os países desenvolvidos aceitaram reduzir a produção e consumo em 75 por cento em 2010 e em 90 por cento em 2015. A eliminação total fica prevista para 2020.
Os países em desenvolvimento aceitaram reduzir a produção e consumo em dez por cento em 2015; 35 por cento em 2020 e 67,5 por cento em 2025. A eliminação total acontecerá em 2030.
Estudo sobre custos da antecipação das datas estará concluído em 2008
As 191 partes do Protocolo de Montreal – assinado em 1987 e considerado o acordo ambiental mais eficaz – chegaram a acordo ainda sobre o braço financeiro do Protocolo, o Fundo Multilateral. Desde a entrada em vigor do Protocolo de Montreal, em 1987, o fundo já desembolsou dois mil milhões de dólares.
O novo acordo assume a necessidade de um financiamento “estável e suficiente” e reconhece a existência de “custos incrementais” para os países em desenvolvimento no âmbito da antecipação do congelamento e eliminação dos HCFC. Os Governos aceitaram financiar um estudo sobre os custos desta aceleração. Este deverá estar concluído no início de 2008.
Baird e o director executivo do Pnua (Programa das Nações Unidas para o Ambiente), Achim Steiner, vêem neste sucesso um bom augúrio e um “sinal vital” antes das cimeiras no final do ano sobre alterações climáticas, em especial a cimeira de chefes de Estado convocada para 24 de Setembro em Nova Iorque pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Esta preparará a cimeira em Bali, em Dezembro, onde os países vão negociar as reduções das emissões de gases com efeito de estufa após 2012.
Acordo permite reduzir em 3,5 por cento as emissões para atmosfera
“Se não tivéssemos chegado a um acordo, a produção de HCFC iria duplicar até 2015”, comentou Steiner, salientando que o acordo permite evitar a libertação para a atmosfera de milhões de toneladas de gases com efeito de estufa.
Segundo o Pnua, o acelerar da eliminação dos HCFC permitirá reduzir em 3,5 por cento as emissões de gases com efeito de estufa do planeta.
Baird e Steiner saudaram o papel construtivo adoptado pela China. Pequim pediu ajuda para facilitar a transição para substâncias menos nocivas para o Ambiente e a sua oposição teria significado o fracasso do acordo.
Esta conferência marcou também o 20º aniversário deste tratado que conseguiu eliminar, praticamente, uma primeira geração de substâncias destruidoras da camada de ozono, os CFC (clorofluorcarbonetos). Os cientistas estimam que a camada de ozono poderá, até 2050 ou 2060, chegar a uma situação semelhante à que tinha em 1980.
O ozono filtra os raios ultra-violetas B, responsáveis por danos no Ambiente e na saúde. Sem o Protocolo de Montreal, cerca de cem milhões de cancros de pele suplementares poderiam ter sido contraídos até 2020.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Nova descarga poluente no rio Alviela faz "milhares" de peixes mortos
Denúncia da Junta de Freguesia
Nova descarga poluente no rio Alviela faz "milhares" de peixes mortos
10.05.2007 - 21h20 Lusa
Uma nova "descarga poluente" no Rio Alviela ocorreu nas últimas horas na zona de Vaqueiros, Santarém, denunciou hoje o presidente da Junta de Freguesia, Firmino Oliveira, que disse ter encontrado peixes mortos "aos milhares".
"Uma imagem dramática de um rio preto, podre", disse Firmino Oliveira, que lamenta "não ter meios para defender as populações a nível ambiental" e ter de assistir "a tudo quanto é vida no rio a morrer".
A Junta de Freguesia já comunicou o caso ao Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) da GNR que, segundo Firmino Oliveira, será "mais um auto de notícia, que só repete".
O autarca, que é também presidente da Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela, lamenta que o Executivo "sacuda a água do capote", referindo uma resposta do Ministério do Ambiente a um requerimento do Partido Ecologista "Os Verdes" a "uma descarga poluente" em Fevereiro, onde se "diz que o Governo já fez o que tinha a fazer".
"As populações continuam penalizadas, infelizmente", desabafou Firmino Oliveira, que lamenta este "impacto tão grande de esgotos", questionando "até que ponto isto é bom para a saúde pública".
Em 2006, para resolver os problemas ambientais do Rio, foi criada uma comissão mista das Câmaras de Alcanena e Santarém que promoveu uma petição que foi entregue no Parlamento, para sensibilizar o Governo para a necessidade de investimento na zona, de modo a inverter a degradação ambiental do Alviela.
Em Fevereiro, os empresários do sector dos curtumes de Alcanena manifestaram a intenção de investir na correcção de problemas técnicos da Estação de Tratamento de Águas Residuais (Etar) do Concelho.
Nos últimos anos, a Etar tem sido alvo de várias acusações de ambientalistas e autarcas da região que a acusam de fazer descargas de efluentes por tratar para o rio, contaminando as freguesias a jusante de Alcanena.
Nova descarga poluente no rio Alviela faz "milhares" de peixes mortos
10.05.2007 - 21h20 Lusa
Uma nova "descarga poluente" no Rio Alviela ocorreu nas últimas horas na zona de Vaqueiros, Santarém, denunciou hoje o presidente da Junta de Freguesia, Firmino Oliveira, que disse ter encontrado peixes mortos "aos milhares".
"Uma imagem dramática de um rio preto, podre", disse Firmino Oliveira, que lamenta "não ter meios para defender as populações a nível ambiental" e ter de assistir "a tudo quanto é vida no rio a morrer".
A Junta de Freguesia já comunicou o caso ao Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) da GNR que, segundo Firmino Oliveira, será "mais um auto de notícia, que só repete".
O autarca, que é também presidente da Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela, lamenta que o Executivo "sacuda a água do capote", referindo uma resposta do Ministério do Ambiente a um requerimento do Partido Ecologista "Os Verdes" a "uma descarga poluente" em Fevereiro, onde se "diz que o Governo já fez o que tinha a fazer".
"As populações continuam penalizadas, infelizmente", desabafou Firmino Oliveira, que lamenta este "impacto tão grande de esgotos", questionando "até que ponto isto é bom para a saúde pública".
Em 2006, para resolver os problemas ambientais do Rio, foi criada uma comissão mista das Câmaras de Alcanena e Santarém que promoveu uma petição que foi entregue no Parlamento, para sensibilizar o Governo para a necessidade de investimento na zona, de modo a inverter a degradação ambiental do Alviela.
Em Fevereiro, os empresários do sector dos curtumes de Alcanena manifestaram a intenção de investir na correcção de problemas técnicos da Estação de Tratamento de Águas Residuais (Etar) do Concelho.
Nos últimos anos, a Etar tem sido alvo de várias acusações de ambientalistas e autarcas da região que a acusam de fazer descargas de efluentes por tratar para o rio, contaminando as freguesias a jusante de Alcanena.
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