quinta-feira, 17 de março de 2011

Espécies Vegetais - Listagem


Listagem das espécies vegetais já apresentadas no Blogue com ligações a de recursos on line que facilita a pesquisa. Pode ser útil para a elaboração de trabalhos para o Dia Mundial da Floresta.

Especies vegetais - Abrunheiro-bravo

Abrunheiro-bravo - Prunus spinosa L.

Os abrunheiros-bravos formam, a partir de Março, nas falésias marítimas, magníficas moitas cor de neve repletas de ninhos de aves. Plantas rústicas e invasoras, podem, se não forem controladas, anexar vastíssimas áreas. Como o framboeseiro-selvagem, o seu tempo de vida é aproximadamente igual ao do homem.
Os abrunhos, pequenas drupas redondas e azul-escuras, quando maduras cobertas de uma pruína cerosa. são dotados de um encanto irresistível. Estes frutos não são comestíveis, mas raramente alguém deixa de os provar, ao menos uma vez por ano, no Outono, para saborear a sua aspereza. E necessário esperar que as primeiras geadas moderem este gosto antes de colhê-los para a preparação de licores ou aguardentes; as suas propriedades adstringentes são utilizadas em medicina, sendo indiferente que os frutos estejam verdes, frescos, secos ou maduros. As flores, cujo sabor a amêndoa amarga resulta da presença de uma substância geradora de ácido cianídrico, são também utilizadas. A casca e as folhas contém igualmente esta substância: por esta razão, é conveniente respeitar as doses indicadas. As folhas secas deste arbusto são apreciadas por alguns fumadores de cachimbo. As flores são colhidas em botão.
O Não ultrapassar as doses indicadas de cascas, flores e folhas.

Habitat: Europa, sebes, bermas; até 1600 m.

Identificação: de 1 a 3 m de altura. Arbusto espinhoso; ramos patentes, vilosos quando jovens, depois de um preto-brilhante; ramos espinhosos com folhas e grande número de raminhos patentes (em ângulo quase recto), folhas verde-escuras, pequenas, ovadas, serradas, pubescentes e em seguida glabras, com pecíolo curto e estipulas vilosas; flores brancas matizadas de cor-de-rosa (Março-Maio), antes das folhas, numerosas, pequenas, pedunculadas, 5 sépalas campanuladas, 5 pélalas brancas, 1 estílele, numerosos estâmes, drupa azul-escura, glabra, recoberta de uma camada cerosa (pruína), com caroço globoso quase liso; loiça com luriões. Cheiro agradável; sabor áspero. Partes utilizadas: casca, folhas, flores e frutos.

Componentes: lanino, helerósidos. ciano-genéticos, vitamina C
Propriedades: adstringente, depurativo, diurético, laxativo, sudorífico, iónico
Beneficios no tratamento de: acne, boca, crescimento, cura de Primavera, fadiga, furúnculo.

Fonte do texto: Bem estar
Mais informação sobre esta espécie:

terça-feira, 15 de março de 2011

Espécies vegetais - Alecrim

Alecrim - Rosmarinus officinalis

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmarinus.No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, lingüiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.

Recursos online:

Espécies vegetais - Fiolho

Fiolho (ou funcho) - Foeniculum vulgare Mill.

O funcho, também conhecido por anis-doce, erva-doce, maratro ou finóquio, ou fiuncho, é o nome vernáculo dado à espécie herbácea Foeniculum vulgare Mill. (sinónimo taxonómico de Anethum foeniculum L. e de Foeniculum officinale L.) uma umbelífera fortemente aromática comestível utilizada em culinária, em perfumaria e como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas e planta medicinal. O funcho é nativo da bacia do Mediterrâneo, com variedades na Macaronésia e no Médio Oriente, onde ocorre no estado silvestre, mas é hoje cultivado, sob diversas formas varietais, em todas as regiões temperadas e subtropicais.

Recursos online:

Espécies vegetais - Sabugueiro

Sabugueiro  - Sambucus nigra

O sabugueiro é desde a antiguidade definido como o guardião da saúde. Ao que me é dado a conhecer, o primeiro registo do uso desta planta no meio medicinal aparece nos escritos de Hipócrates, já lá vão 2500 anos.
Ao percorrermos os meios rurais é muito natural para as gentes simples considerarem o sabugueiro como uma autêntica “botica viva”. Isto deve-se ao facto de quase todas as partes desta árvore/arbusto serem indicadas para múltiplos usos. Um pouco por todo o lado esta arvore/arbusto é extremamente querida e considerada, quer por características medicinais ou mesmo lendárias. Posso a título de exemplo dizer o seguinte:
Os espanhóis, mais propriamente os catalães chama-lhe "árvore boa";
Os Açoreanos puseram-lhe o nome de "chá do bem fazer" à infusão que se faz com a flor seca do sabugueiro.
Os antigos achavam que dentro de cada sabugueiro morava uma curandeira que tinha sido morta na inquisição de forma injusta.

As diversas partes utilizadas são
As flores;
As folhas;
Os frutos maduros;
A segunda casca seca, excluindo-se a raiz;
O miolo.

As flores de sabugueiro têm de ser secas. Por superstição, para que as flores tenham efeito medicinal têm que ser colhidas na véspera ou no dia de São João, a fim de estarem abençoadas pelo Santo.

As flores contêm glúcidos, ácidos orgânicos, glucósidos, flavonóides, aminas, vitamina C, etc. As flores têm também taninos o que lhes conferem propriedades diaforéticas, isto é estimulam a sudação, sendo indicadas para combater estados febris. O efeito diaforético parece restringido apenas às flores e não a outras partes da planta. Quando se emprega a infusão concentrada de flores emprega-se sob a forma de gargarismo, isto no caso de afecções de boca e faringe. Para as inflamações e tumefacções utiliza-se em forma de compressas.
Não existe nada mais maravilhoso que um banho de imersão com flores de sabugueiro.
Quanto à baga do sabugueiro ela contem flavonóides (rutina e isoquercitina), ácidos orgânicos, pigmentos antocianicos, açúcares redutores, isto para além de pectina, taninos e vitaminas A, e C assim como elementos minerais. Quanto ao extracto da baga, ele tem propriedades laxativas. O sumo é um óptimo remédio contra as enxaquecas e as dores nervosas.

Fonte do texto: Paróquia de Salzedas

Fontes online:

segunda-feira, 14 de março de 2011

Espécies vegetais - Carqueja

A carqueja é um subarbusto espontâneo, aparentemente sem folhas, em que os ramos espalmados apresentam expansões foliáceas, e nos nós apresentam 3 'dentes', como indica o seu nome (que são o que resta das suas folhas e estípulas).
As flores amarelas aparecem em grupos nas pontas dos ramos ou lateralmente, em Março e Junho.
É muito comum na zona da Serra da Estrela estendendo-se até ao noroeste de Portugal.
Antigamente, muito usada como acendalha, agora é mais conhecida pelas suas propriedades medicinais e na culinária (arroz de carqueija).
Carqueja - Pterospartum tridentatum
Nota: Não confundir esta espécie com outra carqueja existente no Brasil.

Recursos online:

domingo, 13 de março de 2011

Espécies vegetais - Sumagre

Uma das espécies vegetais que mais me surpreendeu quando cheguei a Vila Flor há alguns anos atrás, foi o sumagre. Embora ele esteja presente em muitos dos concelhos trasmontanos nunca me chamou à atenção. Foi a coloração vermelho vivo das suas folhas que primeiro me atraiu. Depois de saber o seu nome, e de investigar sobre a importância da cultura do sumagre na região, tenho estado mais atento e encontro-o em toas as freguesias do concelho, bem como nos concelhos vizinho.

Aproxima-se o Dia Mundial da Floresta. Pedi aos meus alunos que fizessem um trabalho sobre algumas espécies vegetais, para ser exposto no dia 21 de Março no polivalente da escola. "Convenci" um grupo a debruçar-se sobre o sumagre. A surpresa foi geral, ninguém conhecia o sumagre. Mas para isso é que serve a escola... para aprendermos.

Sumagre - Rhus coriaria L.

"O sumagre, de nome científico Rhus coriaria L., é um arbusto da família das Anacardiáceas, família botânica de plantas ricas em resinas e taninos, onde também estão inseridas espécies como o cajú, a manga, o pistacho, a aroeira e a cornalheira, sendo estas três últimas espécies arbustivas do género Pistacia, sendo a cornalheira - Pistacia terebinthus L. - também frequente nas matas e mortórios da vegetação mediterrânea duriense. O sumagre tem a sua inserção fitogeográfica na grande região mediterrânea, mais precisamente na sua sub-região mais oriental, tendo-se expandido a sua cultura para toda a mediterraneidade. Os romanos o utilizavam como condimento, sendo também muito antiga a sua utilização na preparação das peles e couros ou seja no artesanato e na indústria dos curtumes, utilização essa que entrou em declínio a partir do início do século XX, com o desenvolvimento de outras fontes de obtenção do tanino para a referida indústria.
É um arbusto de médio a grande porte, mesmo arborescente, de marcadas preferências por locais quentes e soalheiros, nas áreas de feição mediterrânea do nosso país, na Terra Quente e vale do Douro em Trás-os-Montes e Alto Douro, na Beira Interior, no Alentejo, no Algarve e nas Ilhas da Madeira e dos Açores onde também fora cultivado".

Fonte do texto: José Alves Ribeiro, Eng. Agrónomo, Professor Emérito da UTAD
Fotografias: Aníbal Gonçalves; a primeira em Samões e a segunda em Vale Frechoso, ambas no concelho de Vila Flor.
Recursos online: